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Laboratórios de ecotecnologias fortalecem produção e comercialização para os agricultores(as) no Cabo de Santo Agostinho

Laboratórios de ecotecnologias fortalecem produção e comercialização para os agricultores(as) no Cabo de Santo Agostinho

Ao todo, cinco unidades são mantidas a partir de uma parceria do Complexo Industrial Portuário de Suape e da Cáritas Brasileira Regional NE2 através do Projeto Quintais Ecoprodutivos

 

“Se o campo não planta, a cidade não janta”. Um grito de luta ecoado pelos trabalhadores e trabalhadoras do campo, reflete bem a importância da segurança alimentar proveniente da agricultura familiar. A Cáritas Brasileira NE2, entre suas ações, destaca essa importância através das linhas de atuação e iniciativas, como é o caso do Projeto Quintais Ecoprodutivos, que visa ao implementar 300 ecotecnologias em propriedades de famílias em situação de vulnerabilidade social, assentadas no território do Complexo Portuário Industrial de Suape.

A implantação dos laboratórios ecoprodutivos, iniciada pelo Complexo Industrial Portuário de Suape consolidou cinco unidades nas comunidades de Massangana, Vila Claudete, Gaibu, Tatuoca e no Assentamento Sacambu, todas localizadas no município do Cabo de Santo Agostinho.

Os laboratórios são um espaço de inspiração para pessoas, comunidades e gestores públicos que tenham interesse em conhecer experiências de segurança alimentar, e geração de renda de base agroecológica, para que as famílias moradoras possam aplicar nos seus quintais, no entorno de suas casas e propriedades.

Em 2022, foi firmada parceria para que os Laboratórios integrassem o Projeto Quintais Ecoprodutivos. Nesses espaços são desenvolvidas várias ecotecnologias como: aquaponia, um sistema de cultivo que conecta a aquacultura (criação de organismos aquáticos, como peixes.);hidroponia, produção de plantas sem solo, com raízes submersas na água em um ambiente favorável para ambos;  horta agroecológica, que é o cultivo de hortaliças em um sistema em que visa a produção de alimentos de forma agroecológica, sem agredir o meio ambiente; sistema agroflorestal, comumente chamado pela abreviação ‘SAF’, é uma forma de uso da terra na qual se resgata a forma ancestral de cultivo, combinando espécies arbóreas lenhosas como frutíferas ou madeireiras com cultivos agrícolas e/ou animais.; minhocário, um sistema de reciclagem do lixo orgânico caseiro, com minhocas, que transforma restos de alimento em adubo e fertilizantes orgânicos para plantas;  criação de galinhas caipira agroecológicas, que consiste na criação de galinhas caipira integradas ao sistema de produção nos laboratórios, onde a própria ração é produzida a partir dos laboratórios, as aves vivem em um regime totalmente diferente do convencional.

 “Nos plantamos coentro, alface, cebolinha, banana, acerola, tudo que dá na terra. Colhemos e dividimos entre nós, consumimos e doamos aos vizinhos, vendemos e lucramos também. Com a retomada e chegada da equipe da Cáritas já vejo tudo mudando. Tivemos vários mutirões, oficinas, visitas e estamos caminhando. O laboratório já está de cara nova”, declara dona Marluce Maria Borges, agricultora  e beneficiária do Laboratório de Vila Claudete, Cabo de Santo Agostinho.

Ao longo do ano, as ações de mobilizações comunitárias, diagnósticos participativos, planejamento dos Laboratórios a curto, médio e longo prazo, capacitações temáticas, melhorias nas infraestruturas dos cinco laboratórios continuaram sendo executadas aproveitando  mão de obra local, facilitando a manutenção do conhecimento sobre as ecotecnologias nas próprias comunidades e movimentando a economia local.  Assim como, reuniões para mobilização de parceiros privados, públicos e de outras ONGs para estabelecer relacionamentos cooperativos com os laboratórios de ecotecnologias de Suape, seja no aspecto educacional, produtivo ou de comercialização.


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