Juventudes pela Cultura de Paz realiza primeira oficina de comunicação popular com jovens de comunidades periféricas em Pernambuco

Na manhã deste sábado, jovens das comunidades do Alto do Brasil, Alto José Bonifácio, Ilha de Deus , Brejo da Guabiraba, Berardo, Iputinga e Centro do Recife, participaram da 1ª Oficina de comunicação para jovens e educadores populares, promovida pelo projeto Juventudes pela Cultura de Paz.
A atividade foi conduzida pelo Coletivo Tururu, que trouxe dinâmicas práticas e trabalhos em grupo envolvendo teatro, rádio comunitária, audiovisual e produção de fanzines. A proposta foi provocar reflexões sobre a comunicação como ferramenta de transformação social, além de estimular a criatividade e a expressão das juventudes a partir de suas próprias vivências e territórios.
Este primeiro encontro está sendo incrível para nos conhecermos, e vermos que as nossas diferenças se assemelham e muito, mesmo morando em bairros e comunidades distantes. E essas diferenças servirão de base pra gente construir imagens, múltiplas imagens e conteúdos provocadores que mostrem os desejos e anseios dessas comunidades para que possam lutar pela mudança das suas realidades, comentou Cidicleison Zumba, liderança do Coletivo Força Tururu e facilitador da oficina.
Ao todo serão doze oficinas de comunicação popular com objetivo de produzir, distribuir e consumir informação que parte das necessidades, linguagens e vivências das comunidades, especialmente as mais periféricas, como linguagem de resistência, pertencimento e construção coletiva.
As oficinas de comunicação popular integram as ações do projeto que tem como foco o protagonismo juvenil e o fortalecimento de iniciativas locais em prol da convivência pacífica e do bem comum.
Para Jeivson José, 20 anos, morador da Comunidade Tururu, no bairro do Janga, em Paulista, a expectativa de participar da oficina é poder interagir e conhecer outras pessoas, e usar o conhecimento para melhorar a forma de se comunicar. Durante os trabalhos em grupo ele participou do telejornal “ O Amarelinho”, semelhantes aos programas sensacionalistas na televisão brasileira que exploram histórias trágicas ou escandalosas para aumentar a audiência.
A próxima oficina acontece em agosto e além das atividades em grupos também é um espaço de escuta, formação e ação coletiva, que reafirma a potência das juventudes na construção de uma sociedade mais justa, solidária e pacífica.
O Juventudes pela Cultura de Paz é uma iniciativa da Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2, em parceria com a Cáritas Alemã, e também está presente em outros estados do Nordeste, como a Paraíba, com o Serviço Pastoral dos Migrantes (SPM NE), e Ceará, com a Cáritas Regional Ceará.