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CBNE2 leva experiências de esperança e transformação ao 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia

CBNE2 leva experiências de esperança e transformação ao 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia

Em tempos de reafirmação da esperança, o 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia reuniu, entre os dias 15 e 19 de outubro, uma verdadeira colheita de vozes, saberes e experiências. Povos tradicionais, camponeses e camponesas, movimentos sociais, pesquisadores e militantes se encontraram para celebrar conquistas, enfrentar desafios e projetar novos horizontes para a agroecologia no Brasil.

A Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2 (CBNE2) esteve presente nessa grande ciranda de partilhas, somando forças e experiências que fortalecem a caminhada coletiva por uma agricultura justa, sustentável e popular.

“O Congresso tem um perfil profundamente participativo e democrático, com forte protagonismo popular e uma diversidade de vozes — de quilombolas, indígenas, agricultores e agricultoras; das juventudes, infâncias, idosos e mulheres. É um espaço de trocas e de aprendizado mútuo, onde o conhecimento vai muito além do científico, nascendo também da vida e das práticas cotidianas”, destaca Aline Tertuliano, assessora técnica da CBNE2.

A programação do Congresso espalhou-se em diferentes espaços de vivência e encantamento: No Tapiri de Saberes, foram apresentados cerca de 3 mil trabalhos e experiências; na Tenda Catingueira, plenárias e debates aqueceram os diálogos sobre o futuro da agroecologia; no Terreiro de Inovações, camponeses e camponesas compartilharam tecnologias e criações; e  na Cozinha das Tradições, os sabores e saberes dos povos indígenas, quilombolas e de terreiro se encontraram em torno da partilha.

Somaram-se ainda as Feiras de Economia Popular Solidária e Agricultura Familiar, oficinas autogestionadas, discussões nos Núcleos de Agroecologia e ações de mobilização e incidência política — expressões vivas de um movimento que segue em rede e em resistência.

A Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2 apresentou quatro experiências no Tapiri de Saberes, além de uma oficina autogestionada. Foram iniciativas vindas de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, com destaque para o projeto Quintais Produtivos, desenvolvido em parceria com a Fundação Banco do Brasil. As experiências reafirmaram o papel transformador das mulheres e o fortalecimento da identidade dos povos tradicionais.

Entre os trabalhos apresentados estiveram: “Quintais produtivos: tecnologias sociais e protagonismo feminino no Cabo de Santo Agostinho” – Aline Tertuliano (CBNE2); “Jovens guardiãs das Raças Nativas de Capoeira: Criação, Conservação e Multiplicação dentro de um Quintal Produtivo no Cariri Paraibano” – Iara Gervásio ( Cáritas Diocesana de Campina Grande/PB);  “Quintais produtivos e transição agroecológica: saberes e práticas de convivência com o semiárido do Seridó potiguar” – Inácio Libânio, Cáritas Diocesana de Caicó (RN); “Tecnologias sociais transformando vidas no território da Borborema paraibana” – Josélia Freire, Cáritas Diocesana de Campina Grande (PB); e a Oficina Autogestionada sobre Quintais Produtivos.

“O Congresso foi um marco histórico. Celebramos avanços e reafirmamos compromissos, especialmente diante dos desafios impostos pela crise climática. Saímos fortalecidos, com novos aprendizados e ainda mais conectados em rede”, conclui Aline.

 O 13º Congresso Brasileiro de Agroecologia mostrou que a esperança germina — e que o protagonismo popular continua sendo o solo fértil onde brota o Bem Viver


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